- Ele: Mas não se mate. (silêncio) — Por favor.
- Ela: Por favor o quê?
- Ele: Não se mate.
- Ela: Ah, esquece. O sol está indo embora. Só falta um terço dele.
- Ele: Ninguém se mata por amor.
- Ela: Agora só tem uma lasquinha dele, bem vermelha.
- Ele: Olha, uma vez eu li um cara, um escritor chamado Cesare Pavese, que dizia assim: “Ninguém se suicida por amor. Suicida-se porque o amor, não importa qual seja, nos revela na nossa nudez, na nossa miséria, no nosso estado desarmado, no nosso nada “.
- Ela: E o que aconteceu com ele, esse tal Cesare?
- Ele: Se matou. (silêncio)
- Desconhecido.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
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Que bonito :')
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