é só mais letras.

sábado, 26 de março de 2011

Um medo inútil

Não sei por que, mas eu ainda sinto medo. Um medo inútil de te perder, e mesmo você estando tão longe de mim, eu ainda te sinto como se ainda fossemos amigos. É estranho. Eu não deveria me sentir assim. Você entregou teu coração pra outra pessoa e eu atuo como se eu ainda fosse meu. E isso me consome e me amargura.  (Alinne Ferreira)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Como pensar em um amor sem ponto final?


Tudo outra e outra vez, sempre quando tento ir embora, meus sentimentos voltam como uma tempestade que derruba todas as minhas placas de força, como um dominó em fileiras, que vão caindo e caindo sem dó ou piedade, sem importância ou medo de doer... E a dor? Nem a percebo mais, minhas cicatrizes se formam em uma só, cada vez maior, e quer saber? Não sinto mais nada, já estou acostumada. E quando tento mudar, só machuca mais. Eu só não faço ideia de até quando essa coisa que me corrói continuará me seguindo por todos os lados. Espero que passe. Ou espero que não passe. Quero que mude, mesmo não querendo te deixar no passado. Não quero mais chorar ao lembrar mesmo meus olhos nadando em lagrimas só de pensar em lembrar. E quando não lembro, você me perturba em meus sonhos confusos me dizendo que prefere estar comigo. E os sonhos não são os que se realizam? Você é meu sonho mais forte, o maior e mais assustador, o que toma espaço de todos os outros sonhos, o que me trás felicidade, o que me trás tristeza. O que me trás amor e desamor. E fico perdida nos sonhos, na realidade, no passado, presente, futuro. Posso te confessar? Eu ainda quero te amar. Eu não quero mais te amar. Eu quero você em mim. Quero você bem longe da minha vista. Eu quero sonhar com você todas as noites. Eu não quero mais ter pesadelos com você. Eu quero dizer que te amo. Eu quero dizer que te odeio. Também quero te bater, te bater até você cair no chão, e me pergunto se doeria... E se eu disser que essa dor não é nada na frente de tudo que você me fez passar? Quer tentar? Aposto não,de repente quando a felicidade chega, você nem percebe, sabe porque? Está ocupado demais sofrendo com seus pensamentos inapaguaveis. Penso se daqui á alguns anos você vai lembrar do que tivemos, ou quem sabe eu tive sozinha, senti sozinha, vivi sozinha, contrui sozinha. Todo mundo um dia tem um amor proibido, um amor não certo, o que faz doer, o que faz gritar e não te deixa em paz... Por pouco, eles sempre vão embora, como amor de verão. Bem, já estive em todas as estações do ano, quer dizer, dos anos, e ele não passa, não sara, não some, não apaga. A chama normalmente é apagada com extintor não é mesmo? E a chama de um amor incontrolável e inapagável? Como é apagável? Vários amores, momentos, e eu permaceço desde onde parei ops, comecei, ops, onde sempre estive. Costumo imaginar minha vida só de uns dois anos pra cá. É como se ela só tivesse começado em dois anos. E eu me pergunto: Como pode ter acontecido tanta coisa assim nesse tempo? - Não é pouco - mas minha vida está escrita nesses dias imensos e inacabáveis. Queria um botão em mim onde estivesse "restart", queria começar do zero. Queria sinceramente não amar, não amar nunca mais. Como eu seria? Alguém fria e sem coração. Essa seria a verdade, e eu teria vergonha de ser assim. Mas que nome eu dou para alguém incapaz de esquecer algo tão...tão... Não existem palavras. Nunca conseguirei decifrar. Já comecei errado, tudo aqui parece tão negativo e pesado. Mas como pensar em flores em um deserto? Como pensar em chuva em um sertão? É aí que quero chegar... Como pensar em um amor sem ponto final ou vírgula ou continuação? Quando se pensa em amor, sempre vemos em mente duas pessoas, destinadas a viverem para sempre, não precisando serem felizes em todos os momentos, mas são os problemas que os unem. Isso não é lindo? Agora alguém pode me explicar o porque de isso ser só os 5% da população no universo? Será que ninguém mais ama? Tipo amor de verdade, de tirar o fôlego, de morrer de amores e continuar vivo, de borboletas no estomago, falta de ar, pernas bambas, gagueira e poesia? Lábios selados... Duas pessoas em uma só... Você vê muito isso por aí? Eu não consigo enxergar. Pois sempre que se fala de amor, existe um ser humano solitário, escrevendo o quanto machuca não ser correspondido, indo atrás da pessoa amada e sendo ignorado, rios de lagrimas... Não existem mais dois em um só... Apenas um único pela metade... Tudo pela metade, sempre faltando a outra parte da história... História essa que se repete ao passar dos dias...  (Ingrid B)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Mas vai passar. eu sei.


Essas noites solitárias parecem nunca ter fim. Abraço o travesseiro como se eles tivessem uma parte de você, como se isso fosse suficiente para sanar a dor. Mas parece que nada fará meu coração bater outra vez. Ele insiste em bater apenas por ti. Eu vejo tua imagem por onde vou, tudo ao meu redor carrega uma lembrança tua. Tudo parece fazer parte do que vivemos. E nada foi concreto, não fomos felizes. Talvez por isso seja ainda pior. Por eu imaginar o que teria sido. O sonho que poderíamos ter construído. Em alguns momentos tento me ausentar da culpa, mas isso não me traz nada. E não me lamento. Eu fiz o que esteve ao meu alcance. Sei que errei, mas pensar assim não conserta nada. E você se foi. Deixou esse vazio momentâneo. Essa minha paixão esquecida, essa confusa psicose. Mas vai passar. Eu ainda espero poder olhar para você sem lembrar de nada. Sem sentir essa angústia que hoje me consome. Quem sabe um dia eu possa sorrir ao te ver. Possa encontrar seu olhar sem temer. E dizer que a tempestade se acalmou.  (Jacke)

Corpo e alma.

Os joelhos começam a doer. As pernas continuam movendo-se, aguentando a tortura de carregar uma Alma.
Até quando esse Corpo será capaz de suportar a dor, quando é muito mais fácil deixá-la ali no caminho? A Alma nem mesmo pertence à esse Corpo. Coitado do Corpo: tão fraco, desajeitado, pedindo desesperadamente por ajuda em silêncio. O grito interno, que corta, sufoca, leva todo seu ar. O grito que não sai da própria garganta.
Mas por alguma razão que ninguém sabe qual é, o Corpo continua carregando a Alma consigo tão cegamente, e não importa se há uma barreira, uma pedra no caminho.. o desesperado Corpo continua levando a sua amada Alma. Por ela o Corpo seria capaz de passar por qualquer coisa. Tsc, tsc. Tão bobinho, mal pôde imaginar como isso poderia acabar. Mas a querida Alma, essa sim já imaginava no o que tudo isso iria resultar.
Mesmo com o corpo dolorido, com a respiração pesada, o Corpo decidiu que seria capaz de continuar carregando a Alma. Seus pés começaram a sangrar, o corpo começou a latejar, seu coração disparava: o esforço que o pobre corpo fazia para carregar essa terrível Alma, era grande demais.
O Corpo tentara várias vezes deixar a Alma no caminho, mas sabia que não era capaz disso: uma espécie de elo os atavam. Se o elo não fosse quebrado, o Corpo carregaria a Alma pelo resto de sua vida. E o Corpo sabia: se ele não fizesse isso, a Alma se aproveitaria da situação e continuaria sendo carregada pelo Corpo.
Um brilho extra surgiu no olho do pobre Corpo que sangrava, latejava. Ele arrancou o próprio coração, entregou à sua amada Alma e disse: - Tome, aqui. Eu não preciso mais. Você pode ficar com ele, transformar em pedaços.. mas eu não te carregarei. Não mais.

sábado, 5 de março de 2011

Tentar já não me completa mais.

Eu acreditei. Esqueci de te contar, não foi? Mas, bem, acreditei. Todas as noites isoladas, perdidas e sem saída me mostraram a verdade. Eu acreditei tarde demais e ainda hoje leio palavras e sei que elas seriam para nós dois. Sei que elas seriam suas e minhas e que, juntas, nos traduziriam. Hoje percebi que não escrevo mais. E para que eu deveria? Não existe sentido em palavras soltas. Elas sempre são para alguém. Tento definir isso, mas parece ininteligível. Elas sempre são para alguém. E eu as tenho evitado porque nas primeiras linhas já começo a chorar como estou fazendo agora. E chorar me traz de volta a mesma dor que sempre esteve presente. E você mesmo presente não sarou nada. Você mesmo presente está ausente e fora de mim. Fora do meu eixo. E eu te busquei por todos esses dias. Isso é uma parte realmente essencial. A mais insensata, eu sei. Mas essencial. Porque meus últimos dias longos e cheios não me fizeram te esquecer. As últimas pessoas que entraram na minha vida, felizes e cheias de histórias não me fizeram te esquecer. Quando me sento aqui, ainda é nossa música que escuto. E eu busco suas palavras enquanto escrevo as minhas. Eu me lembro de suas verdades enquanto tento não lembrar de meus erros. Eu ainda sinto muita vontade de te contar tudo que demorei a perceber. Contar tudo que fiz ontem, tudo que planejei para os próximos meses, e como tem sido difícil. Tem sido feliz, apesar de tudo. E isso me mata. Isso me rasga em mil pedaços. Porque felicidade incompleta não é nada. Porque sorriso sem verdade não traz nada. Eu não tenho mais tido tempo. Não tenho mais tido meus pensamentos contínuos em horas vagas pela noite. Mas é aqui, escrevendo e aqui, vendo tanta gente que precisa de uma só palavra, que eu entendo que as tuas eram minhas. E as tuas eram as verdades que eu nunca quis aceitar. Eu te perdi há um ano e dois meses atrás e continuo te perdendo até esse exato instante. E vou te perder até o dia em que eu puder acreditar que já sou nova. Que já me livrei de tanta loucura. E eu te quis e te quero e te persigo e estou contigo, mas isso não representa nada. Porque nada vai te trazer de volta. Porque nada traz de volta o que se perdeu. Li algo sobre proximidade distante e te encontrei dessa forma. Era algo sobre pessoas que estão irremediavelmente perdidas umas para as outras. Você não entenderia do que estou falando. E te detesto por isso. E te detesto porque você nunca entendeu. Mas você atendeu meus pedidos, meus chamados, minhas desilusões. E o que mais dói é escrever e lembrar. E escrever, como já fiz milhões de vezes, que você estava aqui e estaria. Por quanto tempo fosse preciso. Eu não sei perder as pessoas. Eu te deixei porque não suportaria. Mas você não está aqui. Eu posso escrever mil páginas como essa e isso não te traz de volta. E eu perdi dois anos. E eu te amo como se hoje fosse o segundo dia ou então como se uma vida inteira tivesse passado. Eu te amo como sempre e como nunca. E mais todos os dias. E isso continua me rondando. E isso continua ocupando um espaço que não deveria ser tão imenso, que não deveria pesar, que não deveria me causar arrependimento. Não deveria doer. Mas dói sempre. E pode ter certeza que enquanto estou escrevendo é porque está doendo. Enquanto estou distante é porque está doendo e porque sou fraca demais para estar aí. Enquanto estou em silêncio é porque estou segurando minhas lágrimas. E enquanto eu estiver olhando para um ponto fixo é porque estou tentando entender o motivo de termos chegado até aqui. Eu pensei que não me culparia mais. Mas não existe outro responsável além de mim. Não existem outras respostas além dessas. Tampouco outras saídas. Eu pensei que esqueceria. Por tudo nesse mundo, juro que pensei. Mas ilusões são coisas tão pequenas perto da verdade. Ilusões começam essa tarde e terminam na manhã seguinte. E devastam todo o curto caminho. Eu preferia que você entendesse. Que houvesse outra forma de explicação além das inúmeras que já tentei. Eu queria que palavras me levassem a algum lugar e mesmo sabendo que isso nunca vai acontecer, eu continuo insistindo. E continuo te querendo. E não sabendo como terminar de contar minhas histórias em textos, por isso só quero continuar dizendo essa mesma coisa... Tentar já não é a solução. Buscar já não completa mais. Esquecer já saiu do meu vocabulário. Esse sempre foi o objetivo e nunca foi alcançado. Tua presença distante me faz notar que as coisas nunca mais serão como eram e como deveriam ser. Eu demorei tempo demais. Sei. Mas ainda queria te contar. Ainda te amo. Ainda penso em você. Um dia desses ainda te conto. (Jacke)

Cara simplesmente amei o texto dessa garota, tive que postar aqui porque é exatamente isso que sinto agora, ela tem o dom de me descrever sem me conhecer.