é só mais letras.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Talvez o sorriso dela fosse leviano, talvez fosse sincero ou ate sínico. Mas ninguém notava. E mesmo que depois de tantos anos sorrindo as pessoas ainda se perguntava quem ‘era ela mesmo?’. 

quinta-feira, 23 de junho de 2011

solidão, essa a palavra?

Me faltam palavras para dizer como me sinto agora. Já nem sei mais o que é, só sei que dói. E a dor não para, ela não me deixa dormir, não me deixa viver. Ela só me diz pra te esperar, e esperar, esperar. E isso ta me cansando.
As fotos que vi hoje me dizem que você não vem nesse final de semana. A garota ao seu lado me avisa que eu te perdi. Custo a acreditar. Custo a admitir. Custo a dormir. Sei que por mais essa noite as lembranças me atormentarão, sei que a musica no radio ensaiara gotas salgadas em meu rosto, e o edredom gelado entre a parede e o meu corpo fingirá ser o teu abraço. Por essa noite tentarei ao Maximo não me ferir com a lamina gelada escondida entre meus cadernos, por mais que eu saiba que ela é capaz de desaparecer com todo esse entulho.
Queria que você pudesse sentir por alguns minutos isso. Toda essa melancolia e desprezo. Queria que você fosse menos individualista. Tente olhar pra mim dai de cima, dessa escada que você subiu tão alto. Diga-me o que vê em mim? Consegue ver as lagrimas prontas a escorregar. Consegue notar a fina linha de expressão que se faz entre meus lábios, peça para eu lhe explicar o motivo dela, e te direi que foi dos sorrisos que dei ao teu lado, e que de todo aquele passado bonito, ficaram apenas marcas em mim, que custam a sumir.
E ainda há, acho que sempre haverá um espaço vazio dentro de mim. Sei que em algum lugar lá dentro, talvez do lado esquerdo do peito, esta desocupado, abandonada ou como queira chamar. E de lá de dentro escuto sinais, que dizem que lá algo vai parar, vai falecer, mas meus olhos não obedecem e partem em busca de novos sorrisos e novos olhares, que aparentemente deveriam me fazer bem, mas não fazem. (Alinne Ferreira) 

domingo, 19 de junho de 2011

quase.



Eu quase consegui abraçar alguém semana passada. Por um milésimo de segundo eu fechei os olhos e senti meu peito esvaziado de você. Foi realmente quase. Acho que estou andando pra frente. Ontem ri tanto no jantar, tanto que quase fui feliz de novo. Ouvi uma história muito engraçada sobre uma diretora de criação maluca que fez os funcionários irem trabalhar de pijama. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo. Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim. E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu também acho que gosto dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente. Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias. Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada. Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: “Ei, não quer conhecer minha casa nova?” Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca. Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro…
Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas garotas, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto. O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é.
Tati Bernadi

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Mask

Uma hora ou outra a mascara tem que cair, mas faço o possível para mantê-la firme em meu rosto. Essa não é a hora, não pode deixar a mostra os meus olhos vermelho e minha boca seca. Preciso mantê-la aqui por mais tempo, ate que eu aprenda a lidar com essa dor. Ate que eu saiba como controlar esse órgão involuntário. As pessoas não podem me ver com essa dor de maneira tão insolente estampada nos olhos.  Elas já se acostumaram com meu sorriso ensaiado, não posso ser tão insana, não quero. E sabe incrivelmente eu me sinto bem assim. A minha mascara, que convenhamos fora construída com muitas farsas e mentiras além de lagrimas, ela ficou blindada. Blindada contra qualquer sorriso, contra qualquer troca de olhares. Assim como meu coração, que se tornou tão complexo. Tão obscuro. Tão rochoso. E provavelmente a culpa é de alguém que nem se quer se importa. É sempre assim, não?. Quem a gente mais precisa em alguns momentos é quem esta mais distante. E foi aos poucos que meu coração foi ficando petrificado. Foi por cada palavra não dita, por cada lagrima não alastrada, por cada promessa quebrada, por cada plano falhado. E foi assim, com esses detalhes que minha mascara ganhou mais resistência, mais aderência a meu rosto inchado. E dia após dia, cada milímetro de mim foi ficando mais forte, Foi aprendendo que ele só olhou para o seu próprio coração partido e não viu que o meu também se quebrou quando o mandei embora. Eu vou ficar bem, tenho plena consciência disso, mas quanto ao meu coração já não tenho tanta persuasão. (Alinne Ferreira)


Desculpem-me pela falta de sentimentos. 

sexta-feira, 10 de junho de 2011


Quando a dor passar, eu prometo sorrir. Prometo te ligar e dizer um ‘oi’. Mas enquanto ela ainda se faz presente em mim, eu vou continuar escrevendo aqui, sem se importar se você lê ou não. Vou continuar sozinha, escondendo tudo que ainda há vestígio teu. Vou chorar e querer gritar teu nome, mas depois vou ficar bem. Quando tudo acabar vou sair de casa, vou ir ao cinema e não vou chorar. Vou ouvir musicas e não vou me lembrar de você. Quando você realmente se for, eu vou te procurar e vou lhe entregar a carta que, á meses, eu ando escrevendo e ai vou olhar nos teus olhos castanhos e dizer que você foi a dor que eu mais gostei de sentir. E eu não vou chorar por isso. Prometo, que não. E saiba que quando a dor passar e você não existir mais dentro de mim, ai sim eu paro de escrever. E quer saber, tomara que ela continue aqui. (Alinne Ferreira)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Alguém me disse muito tempo atrás
Que há uma calmaria antes da tempestade
Eu sei
Já vem chegando há algum tempo.

(Have you evr seen the rain - The fray)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Deixa que eu te ajudo

Por Lucas Silveira, em 23/11/03.
E a aquela velha história se repetiu e teve um fim. Mas na minha memória eu vou guardar você pra mim. É,você se foi do mesmo jeito que chegou. Você se foi pra sempre e nem me avisou, sequer telefonou. Eu ia te dizer como você era linda (talvez isso ajudasse a mudar), e eu sei que você pode me ouvir ainda (eu sei que tudo pode se ajeitar).Mas você quer acabar com a sua vida. Um guerreiro sem feridas morto ao chão. Quer iludir e fazer com que o culpado seja eu por toda essa ilusão.Deixe o sol secar suas lágrimas, deixe a chuva limpar tua alma de tudo que deixamos pra trás, e vamos viver em paz. Não vá assim. Deixa eu entrar pra sua vida pra ela não acabar.Deixa a lágrima sofrida no seu rosto escorregar. Deixa que eu te ajudo quando você precisar.Saiba que eu daria tudo pra não ir te visitar no seu enterro.é sobre pessoas que acabam com suas próprias vidas quando ás vezes tudo que elas precisavam era saber que sempre tinha alguém lá pra ajudá-las.