é só mais letras.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A casa Amarela. parte I


Eram mais ou menos umas três da tarde quando ele foi busca-la em sua casa, em um carro esportivo de ano de 2004, vermelho. Ela já estava pronta, o esperando no portão com um vertido na altura do joelho lilás, no pé ela usava um all star preto. No telefone ele havia falado que ambos precisavam conversar. Pedro a esperava impaciente, com uma blusa polo rosa e uma bermuda jeans. Ele estava visivelmente ansioso, suas mãos batucando ao som de Matt Wertz. Sophie entrou no carro com delicadeza e cautela. O cumprimentou com um beijo no rosto, e sutilmente ela pode sentiu que seus lábios ainda se atraiam, e sorrio com esse pensamento. Ao longo do caminho os olhos dos dois se mantinham firmes a frente. O coração de Sophie disparava ao longo de cada faixa daquele CD, e ele estava ao seu lado, ali, tão pertinho dela, mas parecia tão distante. A cada curva Sophie reconhecia aquele lugar. Ela pode avistar de longe a cabana que Pedro alugava para os fins de semana, ele dizia que casais como eles pesquisavam de um tempo da cidade, ela nunca entendeu muito bem o porque ele usava o termo ‘casais como eles’.
O carro recém lavado parou em frente a cabana, uma casinha simples com uma varanda em volta da casa toda, havia na varanda uma rede, (a rede que eles passavam juntos esperando passar uma estrela cadente para poder pedir que aquilo durasse para sempre), algumas flores enfeitando o corrimão, um balanço de madeira velho, e uma cadeira.
Sophie desceu primeiro, com aqueles grandes olhos azuis imóveis observando como a casinha ficou bonita pintada de amarelo. Ela não notou, mas, Pedro a fitava, parado ao lado dela.
-Ficou bonita, não? -Perguntou Pedro não conseguindo disfarçar a força de suas palavras - Você tinha toda razão, ela iria mesmo ficar mais bonita amarela.
Sophie virou-se bruscamente para Pedro, e lembrou-se da primeira noite na casinha, ela tinha dito que essa combinaria mais se fosse amarela, e sorrio.
-É, ela ficou linda mesmo. Eu disse não disse!
Os dois riram, Pedro a puxou pelas mãos, conduzindo-a ate a entrada.
-Preparada? –pergunta ele, e sem esperar resposta abre a porta da frente.


Postarei em breve a segunda parte do conto, espero que alguém leia.  Sei que é meio vazio, mas é o meu primeiro conto em 2 partes, perdoem -me


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