"Vamos fugir!
Deste lugar, Baby!
Vamos fugir
Tô cansado de esperar
Que você me carregue..."
Eu fugi o dia todo. Fugi de mim, das coisas que andavam me assustando nesses meses, dos escuros da minha casa, das musicas que me lembram novembro, da chuva que não veio e do sol que não saiu. Eu só não fugi de você... Desejei o dia todo o teu abraço incomodo com aquela sua voz de moleque me dizendo que tudo se ajeitaria. Eu queria ter ido ate sua casa, ter te pedido um copo de água, um beijo na testa. Mas eu não sei onde você mora. Na verdade eu não sei quase nada sobre você, porque você também foge... Foge dos teus medos, das vezes em que se acha frágil demais, alias, devo a você todo esse medo que tenho de ficar. Aprendi vendo de camarote as tuas fugas.
Poderíamos fugir juntos...
Mas é uma pena que os meus pés
não consigam acompanhar os teus.
Alinne Ferreira
O texto estava ótimo, doce.
ResponderExcluirE aí veio o final...
Essas últimas linhas poderiam, com a maior facilidade, ser popular como as frases da Clarice Lispector ou preencher linhas de cadernos de garotas apaixonadas. Não por ser clichê, imagina. Mas pela quantidade de sentimento imposta nela. Não sei se foi proposital ou espontâneo, mas ficou incrível.
Rs, gostei.
Abraços.
Realmente o final causou um impacto no texto. Deu um ar de sentimento real.
ResponderExcluir''Eu queria ter ido até a sua casa, ter te pedido um copo de água, um beijo na testa.'' Adorei, Alinne.
Um beijo, @pequenatiss.
Obrigado pelos elogios! O texto tem o fim proposital. Fico imensamente feliz que tenham entendido.
ResponderExcluirUm beijo!